domingo, 22 de julho de 2007

Quem quer se igualar aos bandidos?

"Não faço elogio da criminalidade. Não é isso. É um medo. Um medo diante do sentimento de igualdade que pode existir entre justiça e vingança.
O crime, que é uma disfunção, individual e social, vem tratado desde a noite dos tempos pelo revide. A pena de morte configura, no extremo, esse princípio de retaliação. É a punição máxima, a renúncia a uma justiça cuja função primeira deveria ser a de sanar as patologias da sociedade.
Diante de tanta criminalidade, há um ódio aninhado em cada um de nós, difícil de arrancar, impulsivo, carniceiro, capaz de atacar cadáveres.
Em vez de cuidar: prender, punir, matar.
Com isso, nos tornamos desumanos, no sentido mais fundo da palavra, que é: perder o sentimento de humanidade. Tal como o bandido assassino já o havia perdido."

JORGE COLI
(trecho de sua coluna no caderno Mais, da Folha de S.Paulo, de 15-4-2007)

Um comentário:

Nanda Rovere disse...

Vocês estão fazendo o papel do teatro , que é suscitar reflexões...E que bom ver o blog fervilhando!
Pena que nem todos entendem o significado da obra do Drauzio, a adaptação do Dib e , consequentemente a montagem. Como já disse, entender a peça como apologia ao crime é triste pq o que ela faz é exatamente o contrário...
Bom, já expus a minha opinião no blog em forma de vários comentários. Achei o máximo vcs chamarem a Karina pra ver a peça e abrirem o debate.
No mais, agradeço a oportunidade de ter assistido ao espetáculo e o meu texto já está pronto; só preciso fazer umas pequenas correçõespra mandar pra vcs e publicar.

Bjs e merda a todos
Não deixem de ler a minha pequena homenagem ao Pascoal www.nandaroverecultural.blogger.com.br

Pascoal, bj pra vc e bj pra todos, elenco, Gabriel, Claudio, Guga, Cacá.... Todos vcs são muuuuito especiais!