"Escrevo e sinto como o uso correto e preciso das palavras às vezes parece um remédio para uma doença.Escrevo e sinto a delicadeza e a intimidade de minha relação com a linguagem, com suas diferentes camadas, seu erotismo, seu humor e sua alma. Escrevo. Escrevo sobre o que não pode ser trazido de volta. Sobre as coisas para as quais não há consolo. Descubro que o mero ato de escrever sobre a arbitrariedade me permite sentir uma liberdade de movimento em relação a ela. Que, simplesmente por encarar a abitrariedade, conquisto a liberdade - talvez a única liberdade que um homem pode ter contra qualquer arbitrariedade: A LIBERDADE DE CONTAR SUA TRAGÉDIA COM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS. A liberdade de se expressar de um modo diferente, inovador, diante daquilo que ameaça nos acorrentar e amarrar à arbitrariedade e a suas definições limitadas e fossilizadas."
DAVID GROSSMAN
(escritor israelense que, em 2006, perdeu seu filho Uri, de 20 anos, na guerra entre Israel e Líbano, quando Uri fazia parte do exército de Israel)
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