quarta-feira, 30 de julho de 2008

TEMPESTADE

Não foi mole.
Curitiba viu cair sobre SALMO 91 uma tempestade que abalou os corações presentes: Em vermelho, amarelo, às vezes branco, os sangues desceram dos céus e inundaram o chão moreno de peroba ou que madeira fosse.
Foi o último instante de um domingo que não prometia mais do que já nos tinham dado todos os outros domingos, todos os outros finais, todos os outros aplausos.
Mas não teve jeito.
Caíu do céu, sobre as costas fatigadas dos mistérios, das cinturas dobradas sobre o peso dos sonhos, o futuro, o presente, o passado. Sobraram os que ficam, fora os feridos que sairam daqui pra não voltar mais.
(pode crê que num vão!)
Depois, abalados, em silêncio, falante ou não, se foram todos para as plagas da praça de espanha, afogar seus destinos em sangrias de comidas e bebidas, choraram as últimas risadas e se foram para suas insônias.

Pascoal da Conceição

P.S. Claudio Fontana ainda ligou para as últimas risadas e me lembrar, mesmo não falando, que esse momento NUNCA MAIS.