“Nunca me esquecerei daquela noite, a noite do campo, que fez de minha vida uma noite longa e sete vezes aferrolhada.
Nunca me esquecerei daquela fumaça.
Nunca me esquecerei dos rostos daquelas crianças cujos corpos eu vi transformarem-se em rolos de fumaça sob um céu azul e mudo.
Nunca me esquecerei daquelas chamas que consumiram minha fé para sempre.
Nunca me esquecerei daquele silêncio noturno que me privou para sempre do desejo de viver.
Nunca me esquecerei daqueles momentos que assassinaram meu Deus, minha alma e meus sonhos, que se tornaram um deserto.
Nunca me esquecerei daquilo, mesmo que seja condenado a viver tanto quanto o próprio Deus.
Nunca.”
(A noite, Elie Wiesel - escritor e sobrevivente do holocausto)
Pascoal da Conceição
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Sábado, 29 de março. Acabo de sair do Guairinha, em Curitiba, com uma sensação estranha. Sou atriz, produtora teatral, um tanto quanto inconformada com a cena atual do teatro curitibano, um tanto quanto cansada de ver o que acontece por aqui. E vou a uma peça sem esperar demais nem de menos, e saio do teatro completamente desconcertada e completamente apaixonada... foi pra mim que alguém disse "não vale pegar a bola"! O trabalho de todos nesse espetáculo é sensacional! Obrigada por nos lembrar que nossa arte ainda faz sentido e que nossa humanidade ainda não se perdeu...
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