No céu do Brasil a Lua está preta, crescendo devagarinho. Quase não se vê a grande Lua Cheia e luminosa que está sendo construída lentamente para deleite de todos os namorados e enamorados de todos os amores.
Dia a dia, noite a noite, nossa lua pequenina, nosso trabalho, mimetizando a lua grande lá em cima no céu, vai sendo construída aqui embaixo embalada na poeira das ruas de Botafogo. Um pulinho na praia, outro pulinho no restaurante e um tantão sem ver o que será do dia porque estamos lá dentro do teatro, lentamente, cevando nossa lua cheia de intuições chamada SALMO 91.
"Lua querida, rege nossos caminhos, com toda aquela bossa que é o seu silencioso desfile no meio das nuvens; rege nossa elegância, pra que a gente fale bossa nova como quer o Gabriel, para que a gente em cena devolva pro Claudio todo o tratamento aristocrático, lotado de realeza, que ele vem nos oferecendo, regendo sua equipe de duques e princezas.
Por fim, que as palavras jogadas no fundo das águas choradas do rio Carandiru, como viu o doutor Drausio Varela, bateadas pelas mãos mais que generosas do Dib, sejam triscadas e virem ouro, diamante, na boca e na lingua morena paulista brasileira do nosso elenco.
Noite ansiosa de pre-estreia.
MERDA!
pascoal da conceição
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