tag:blogger.com,1999:blog-43851931741604159872024-03-14T00:18:34.034-07:00SALMO 91SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.comBlogger132125tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-28428531151610103492008-08-30T14:13:00.000-07:002008-08-30T14:20:57.681-07:00NO LANÇAMENTO DO LIVRO 'SALMO 91'<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjziXYRTXsu1ggOPaQ3M9k3TlewZDIyazM2RaxCORTvNyA47gOI75IrgXxWH8MVAaFUiY2EP7cAt9KmIjEwbAf750vjflzKxLPPhMreQWL__FZBymPlnnANanV8EF7xBwhrYiZ5ZYJnoCw/s1600-h/lançamento+livro+do+Salmo+91+no+Teatrix,+25-8-2008+202.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5240422981315127602" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjziXYRTXsu1ggOPaQ3M9k3TlewZDIyazM2RaxCORTvNyA47gOI75IrgXxWH8MVAaFUiY2EP7cAt9KmIjEwbAf750vjflzKxLPPhMreQWL__FZBymPlnnANanV8EF7xBwhrYiZ5ZYJnoCw/s400/lan%C3%A7amento+livro+do+Salmo+91+no+Teatrix,+25-8-2008+202.jpg" border="0" /></a><br /><div><strong>25 de agosto de 2008. Bar Teatrix, Jardins, São Paulo. Lançamento do livro com o texto da peça "Salmo 91", de Dib Carneiro Neto, pela editora Terceiro Nome (comprar pelo site </strong><a href="http://www.terceironome.com.br/"><strong>www.terceironome.com.br</strong></a><strong>). Da esquerda para a direita, Pedro Henrique Moutinho, Rodrigo Fregnan, Ando Camargo, Dib Carneiro Neto, Rodolfo Vaz, Claudio Fontana, Pascoal da Conceição e Gabriel Villela. Foi uma inesquecível noite de alto astral, bem à altura do sucesso da temporada. </strong></div>SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-58415754544845393992008-08-23T15:27:00.000-07:002008-08-23T15:29:36.351-07:00RECAPITULANDO TUDO: datas e locais de toda a temporada da peça 'Salmo 91'<strong>Teatro do Sesc Santana, em São Paulo, de 6 de julho a 19 de agosto de 2007<br />Teatro Oficina, em São Paulo, de 31 de agosto a 23 de setembro de 2007<br />Sesc Presidente Prudente, dia 07 de novembro de 2007<br />Galpão Oeste do Sesc Campinas, dia 8 de novembro de 2007<br />Sesc São José do Rio Preto, dia 9 de novembro de 2007<br />Ginásio do SESC Piracicaba, dia 10 de novembro de 2007<br />Centro Cultural e Histórico de Itapetininga (Sesc Sorocaba), dia 11 de novembro de 2007<br />Centro Universitário Senac, no Câmpus Santo Amaro, em São Paulo, dia 12 de novembro de 2007<br />Teatro do SESC Santos, dia 23 de novembro de 2007<br />Teatro do SESC Araraquara, dia 24 de novembro de 2007<br />Teatro Poeira, Rio de Janeiro, 12 de março a 10 de abril de 2008<br />Festival Internacional de Teatro de Curitiba (Teatro Guairinha), dias 29 e 30 de março de 2008<br />Centro Cultural Nossa Caixa, Brasília, 6 a 8 de junho de 2008<br />Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte (teatro da Casa do Conde), dias 29 de junho a 1.º de julho de 2008<br /></strong><strong>Centro Cultural Nossa Caixa, Curitiba, de 24 a 27 de julho de 2008</strong>SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-39028971996323938772008-08-18T18:10:00.000-07:002008-08-18T18:18:00.145-07:00EQUIPE DE 'SALMO 91'<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZjNMJMsIthxUTtstfy2kf1WoySKg5YmhMl7UTOlEen2c_wKICHi-aUc96MzbrELILslUpsEVgfU4Q51c-YgP_yI_UDK4P68akzWtqOqAlKFsPpgKyWQe2eIXdnvGaEwtEHQKc08p04BY/s1600-h/com++o+elenco+de+salmo+91,+em+curitiba.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5236031024604860162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZjNMJMsIthxUTtstfy2kf1WoySKg5YmhMl7UTOlEen2c_wKICHi-aUc96MzbrELILslUpsEVgfU4Q51c-YgP_yI_UDK4P68akzWtqOqAlKFsPpgKyWQe2eIXdnvGaEwtEHQKc08p04BY/s400/com++o+elenco+de+salmo+91,+em+curitiba.jpg" border="0" /></a><br /><div><strong>Da esquerda para a direita: o autor Dib Carneiro Neto, o diretor Gabriel Villela, os atores Rodrigo Fregnan, Rodolfo Vaz, Ando Camargo, Pedro Henrique Moutinho e Pascoal da Conceição e o diretor assistente Cacá Toledo. Equipe da peça Salmo 91, em Curitiba, domingo, 27 de julho de 2008. Até a próxima, pessoal!</strong></div>SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-21791272441823856942008-08-13T19:49:00.000-07:002008-08-13T19:52:33.272-07:00DESPEDIDA DA TEMPORADA, COM ROSAS NO CHÃO DO PALCO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-GLZqX3H8B-5T70Et8CO0wuEFjpnhPlfpgVnG01RVMlnhNKoNBnwFEXwPl5WA2VLOM1YraeEIR0ozMef_ua6N0LfL76uUt3TOKA5ukhE8hky7RCiPLqzClUZ8CNds-h2HZURZxLQ3db8/s1600-h/obrigado,+meninos!.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5234200395797189186" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-GLZqX3H8B-5T70Et8CO0wuEFjpnhPlfpgVnG01RVMlnhNKoNBnwFEXwPl5WA2VLOM1YraeEIR0ozMef_ua6N0LfL76uUt3TOKA5ukhE8hky7RCiPLqzClUZ8CNds-h2HZURZxLQ3db8/s400/obrigado,+meninos!.JPG" border="0" /></a><br /><div></div>SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-16652529340162821302008-08-13T19:37:00.000-07:002008-08-13T19:47:11.024-07:00E AGORA VAI SAIR O LIVRO!!!!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6uOG5wprXhz0P48JdRxIqO2EHtPB69RQhk73d6y2kmJOOCiinLrC6NRi7NVy7G_Ab91ZhEDK1a7lNAuRJc6H3NPbfsePfGhbss3rrJBaMQOXZAWuZb8nVsw4iZHWQ3xe4tCsJDh14vo4/s1600-h/capa+livro+salmo.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5234198764927926562" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6uOG5wprXhz0P48JdRxIqO2EHtPB69RQhk73d6y2kmJOOCiinLrC6NRi7NVy7G_Ab91ZhEDK1a7lNAuRJc6H3NPbfsePfGhbss3rrJBaMQOXZAWuZb8nVsw4iZHWQ3xe4tCsJDh14vo4/s320/capa+livro+salmo.JPG" border="0" /></a><br /><div>A<strong> Editora Terceiro Nome<br />convida para o lançamento do livro<br /><br /></strong><span style="font-size:130%;"><span style="color:#6600cc;"><strong><span style="font-size:180%;">SALMO 91</span><br /></strong></span>de<br />Dib Carneiro Neto<br /><br /></span><strong><span style="font-size:130%;">segunda-feira, 25 de agosto de 2008, a partir das 19h30<br />no Teatrix Bar e Restaurante<br />Rua Peixoto Gomide, 1.066 – Jardim Paulista – São Paulo<br /></span></strong><br /><strong>PRÊMIO SHELL DE MELHOR TEXTO DE TEATRO EM 2007</strong><br /><br />Assim como no livro Estação Carandiru, de Drauzio Varella, no qual Dib Carneiro Neto se inspirou, Salmo 91 dá voz a bandidos inescrupulosos, matadores impiedosos e criminosos revoltantes, e, nas palavras do diretor da primeira encenação da peça, Gabriel Villela, traz em seus monólogos uma urgência trágica, mesmo quando a escrita apóia-se em designers cômicos, patéticos, bizarros.<br />Este texto impactante estreou no teatro do Sesc Santana, em São Paulo, em julho de 2007, e recebeu os prêmios Shell de Melhor Texto, Shell de Melhor Ator (Rodolfo Vaz), APCA de Melhor Direção e Troféu Qualidade Brasil na categoria Drama: Melhor Espetáculo, Melhor Direção e Melhor Ator (Pascoal da Conceição). Além do Sesc Santana, cumpriu temporadas no Teatro Oficina, em São Paulo, no Teatro Poeira, do Rio. Excursionou por muitas cidades do país e integrou a programação oficial dos festivais internacionais de teatro de Curitiba e de Belo Horizonte, ambos em 2008.<br />O jornalista e dramaturgo Dib Carneiro Neto, editor do Caderno 2 do jornal O Estado de S. Paulo, é paulista de São José do Rio Preto. Sua primeira peça encenada é Adivinhe quem vem para rezar (editada em livro pela Terceiro Nome, em 2005), dirigida por Elias Andreato, com Paulo Autran e Claudio Fontana no elenco.<br /><br />Para Dib, o lançamento de Salmo 91 finaliza uma importante trajetória iniciada em 1999 com a leitura do livro de Dráuzio:<br />E eis que bandidos inescrupulosos, matadores impiedosos, criminosos revoltantes nos contam histórias. O impacto dessa leitura foi enorme. Fechei a última página absolutamente fascinado. Por isso, não demorei muito tempo: Estação Carandiru foi lançado em 1999 e no fim desse mesmo ano eu já tinha terminado minha adaptação teatral daquele que viria a ser um best seller de marcar época na história do mercado editorial brasileiro.... Armado de certa coragem, mas ainda assim muito tímido e vacilante, telefonei para o autor do livro para pedir que lesse minha adaptação. Teclei o número do consultório do dr. Drauzio Varella, com o coração aos pulos, ciente de que estava tomando uma atitude ousada: até então, eu nunca tinha escrito nada para teatro e achava que já poderia começar assim... adaptando Estação Carandiru.<br /><br />Dráuzio não apenas aprovou, como escreveu:<br />O grande mérito do adaptador Dib Carneiro Neto, ao escrever Salmo 91, foi produzir um texto teatral que respeitou não apenas o conteúdo do meu livro, mas as características dos personagens, da prisão e, especialmente, a linguagem dos presos, para criar uma polifonia de forte conteúdo dramático.<br /><br />Gabriel Villela, diretor de Salmo 91, assim definiu o conteúdo dramático de Dib:<br />Com habilidade de escritor/jornalista e seu sensível espírito humanista, [Dib] organizou sua fábula de tal modo a recriar os instantes preliminares da matança e, num final alegórico, registrar o momento daquilo a que passamos a chamar de Massacre do Carandiru. A peça corre numa velocidade estonteante e traz em seus monólogos uma urgência trágica, mesmo quando a escrita apóia-se em designers cômicos, patéticos, bizarros. “Oh, vós! Todos que passais! Vinde e vede se há dor igual à minha dor”.<br /><br />Salmo 91<br />Autor: Dib Carneiro Neto<br />Apresentação: Gabriel Villela<br />Projeto gráfico: Antônio Kehl<br />Formato: 160 páginas, 12 x 18 cm, brochura<br />Preço: R$ 26,00<br /><br />Assessoria de imprensa:<br />Claudia Piccazio e Sarah Czapski – <a href="mailto:imprensa@terceironome.com.br">imprensa@terceironome.com.br</a></div>SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-65981660987331903792008-08-13T14:38:00.000-07:002009-04-19T15:55:08.313-07:00PÉTALAS DE ROSASAQUI SE ENCERRA UM CICLO SALMO 91.<br />QUEM TIVER A PACIÊNCIA DE PERCORRER NESTE BLOG A ODISSÉIA QUE SIGNIFICARAM OS CAMINHOS A QUE NOS LEVARAM ESTA MÁGICA CRIAÇÃO, VAI RE-VIVER A INCOMENSURÁVEL HISTÓRIA QUE É CONSTRUÍDA NA DURA CRIAÇÃO DO TEATRO BRASILEIRO.<br />HÁ VITÓRIAS, DERROTAS, FELIZES E INFELIZES, E SEM SOMBRA DE DÚVIDA, HÁ O GANHO DA ARTE DO TEATRO, ENRIQUECIDO PELO AMOR DOS QUE CRIARAM NAS MAIS DIVERSAS POSIÇÕES A POSSIBILIDADE DESTE ACONTECIMENTO.<br />CHUVAS DE PÉTALAS,<br />CHUVAS DE LÁGRIMAS,<br />DE RISOS, DE CONVERSAS, DE NOITADAS,<br />DE VIAGENS, DE APLAUSOS,<br />CHUVAS DE TANTAS E TONTAS COISAS,<br />CHUVAS QUE FIZERAM ESTA TEMPESTADE.<br />PARABÉNS A TODOS.<br />AMÉM!<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-49689649150454929252008-07-30T17:23:00.000-07:002009-04-19T15:53:48.425-07:00TEMPESTADENão foi mole.<br />Curitiba viu cair sobre SALMO 91 uma tempestade que abalou os corações presentes: Em vermelho, amarelo, às vezes branco, os sangues desceram dos céus e inundaram o chão moreno de peroba ou que madeira fosse.<br />Foi o último instante de um domingo que não prometia mais do que já nos tinham dado todos os outros domingos, todos os outros finais, todos os outros aplausos.<br />Mas não teve jeito.<br />Caíu do céu, sobre as costas fatigadas dos mistérios, das cinturas dobradas sobre o peso dos sonhos, o futuro, o presente, o passado. Sobraram os que ficam, fora os feridos que sairam daqui pra não voltar mais.<br />(pode crê que num vão!)<br />Depois, abalados, em silêncio, falante ou não, se foram todos para as plagas da praça de espanha, afogar seus destinos em sangrias de comidas e bebidas, choraram as últimas risadas e se foram para suas insônias.<br /><br />Pascoal da Conceição<br /><br />P.S. Claudio Fontana ainda ligou para as últimas risadas e me lembrar, mesmo não falando, que esse momento NUNCA MAIS.SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-5369116979150648962008-06-30T08:32:00.000-07:002009-04-19T15:55:40.501-07:00BELO HORIZONTEFestival Internacional de Teatro em Minas Gerais. Fizemos ontem, 29, São Pedro, a estréia no chão mineiro. Chamada do Gabriel: cadê a musculatura? Tão falando de quê? Com quem? Rever o início do vôo, os primeiros preparativos para a decolagem. Tem razão ele. Vamos voando, atingindo alturas críticas e de repente esquecemos porque voamos e pra quem voamos e pra onde voamos.<br />Hoje é o segundo dia. Dia de jogo.<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-51842587411746638372008-06-22T15:15:00.000-07:002009-04-19T15:56:02.613-07:00ESTÔMAGOFui ver esse filme aí em cima. O Dib tinha ido ver e me disse que estavam lá muitos dos personagens da peça, então tive um tempinho livre e fui ver.<br />O filme é muito bem feito, mas quem se destaca mesmo é o João Miguel, que faz com naturalidade cativante o personagem principal e que carrega com toda leveza o filme.<br />Agora, a questão da comida na prisão realmente... haja estômago!<br />Leio que a CPI das prisões fez os deputados vomitar, que Minas Gerais está entre as piores do Brasil, pior até que Acre, Roraima, seguida por São Paulo, (aqui em Pinheiros, pertinho dos bares e restaurantes que eu frequento e onde vez em quando vou comer alguma coisinha!)<br />Vamos para o FIT de Minas onde talvez estejamos a menos de 500 metros da pior prisão do Brasil, a masmorra, o calabouço, o fim de mundo, o oco, o nada.<br />Piada do filme: Comer merda não é nada, se for a tua merda, o gosto não se sabe, mas dá um bafo de bosta. Não ri.<br />O Vitor Hugo diz que as prisões da França melhoraram depois que a classe média começou a ser mandada para a prisão.<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-64403591587265012972008-06-07T08:32:00.000-07:002009-04-19T15:56:24.354-07:00BRASILIADo Rio para a capital do poder.<br />Vejo a esplanada dos Ministérios e dos Mistérios.<br />Salmo 91 neles.<br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-84604014267851634382008-04-04T10:32:00.000-07:002009-04-19T15:59:20.819-07:00NOSSA SENHORA DA PAZEstamos, aqui no rio,<br />hospedados em um apart hotel que fica nos fundos da igreja N.S.Paz,<br />então toda tarde,<br />às 6 da tarde precisamente,<br />os sinos da igreja começam a badalar numa euforia religiosa<br />que parece quer contagiar e acordar toda a cidade do rio de janeiro.<br />É a nossa hora, a hora dos atores,<br />porque está perto da hora do nosso encontro<br />para ir daqui de Ipanema até Botafogo, no teatro poeira.<br />Todo dia, está marcado, 6:15 todos na porta do hotel.<br />Então é nossa hora<br />porque dessas badaladas pra frente nada mais conta<br />a não ser o desejo do encontro marcado com os enamorados do teatro,<br />no escuro das nossas almas e do teatro,<br />pras 9 da noite,<br />fazer o rito do desconhecido que é cada dia,<br />neste vale de lágrimas SALMO 91.<br />Salve, Rainha!<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-52323072905796770132008-04-04T10:14:00.000-07:002009-04-19T15:59:44.355-07:00LUA-NA PIOVANIVirei banana de pijama.<br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-37417146527976225902008-04-03T12:51:00.000-07:002009-04-19T16:05:35.061-07:00ULTIMAS SEMANASHoje, 3 de abril, fazemos a última apresentação no teatro poeira desta semana que encerra nove apresentações quase seguidas com intervalo de apenas dois dias.<br />Tudo muito exaustivo porque implicou em muitas viagens<br />e mais que tudo nos inúmeros acontecimentos<br />que a ópera da vida executa independentemente da nossa vontade.<br /><br />Entramos e saímos de cabeça erguida de todas essas provações.<br /><br />Quando termina o espetáculo a gente bate uns nas mãos dos outros,<br />se cumprimenta com aquele tapa na mão<br />com que a gente sela uma batalha, um jogo.<br />Toda vez que termina o espetáculo,<br />ainda no escuro do último blackout,<br />eu gelo porque vem na minha direção<br />a mão de um companheiro melado do sangue da última cena,<br />vem aquela mão vermelha,<br />aquela cara furada de bala e sangue,<br />escorrendo e sorrindo na minha direção feito um pesadelo de alegria e morte.<br />Gelo pensando que queria tomar um banho,<br />estou com pressa de alguma coisa,<br />e aquele sangue vai me sujar ainda mais,<br />me atrasando não sei de que compromisso que eu tenha<br />(talvez voltar para fazer o espetáculo de amanhã).<br /><br />Agora que vamos para última semana no rio dengue de janeiro,<br />está chegando o último dia, me dá um aperto no coração...<br />Tudo acaba, tudo finda,<br />até os 120 dias e 120 noites da solitária vivida pelo Véio Valdo.<br /><br />Ontem o Quick Dias me dizia que ao ver o nosso espetáculo<br />dava nele uma vontade de fazer Teatro,<br />queria falar, jogar pra fora, estava fechado, engulindo, precisado, no esgano.<br />Anteontem o Sérgio Rezende,<br />que vai dirigir um filme sobre o PCC,<br />ficou admirado da emoção porque ele não supunha<br />tanta emoção nova no que ele podia ter de um assunto tão batido, tão conhecido.<br />Talvez porque a gente não sabe de nada.<br />Finge que sabe,<br />finge que viu,<br />mente descaradamente, se abraça, sorri, se beija, se ama,<br />fala bem, fala mal, mas não viu nada, não sabe de nada.<br />Muita coisa ainda vai rolar por baixo dessa ponte.<br />Últimas semanas?<br />Acabou?<br /><br />Começou!<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-73158085326733638352008-04-03T12:15:00.000-07:002008-04-04T07:13:31.141-07:00HORROREstou lendo entre outros o DOM CASMURRO.<br />Parece que foi o Nelson Rodrigues que disse que na vida a gente devia ler uns dois ou três livros não mais. Pra mim um deles devia ser algum dos livros de Machado de Assis que completa este ano 100 anos de morte.<br />Estou lendo porque vou dar um curso de interpretação no Movimento Bexigão, uma escola anexa ao Teatro Oficina, base da Universidade Antropofágica, e acho o Machado de Assis uma espécie de Stanislawisky.<br />Pode ser muito legal pra gente que é ator porque ele mostra seus personagens, com riqueza detalhes, nos oferece sua alma brasileira, sua grandeza e sua mesquinharia, detalhando a minuciosa construção do pensamento e suas ações; coisas como "alguém que sabe opinar obedecendo", um bruxo e mestre na observação da pessoa.<br />Ator é atleta do coração, atleta das emoções, e ele precisa ir fundo na definição do sentido de cada uma delas. Um grande escritor como o Machado esmiuça isso com profundidade, iluminando nosso pensamento com definições pertubadoras do porque das ações de seus personagens.<br />Mas o que mais me provoca nessa releitura de agora, é que chego a conclusão que o mais sincero dos humanos, o mais aberto e sincero deles, é também o que mais esconde o que quer mostrar. Essa disposição solar de apresentar seu passado e seu pensamento como faz o personagem acaba cegando os olhos e tapando os ouvidos de quem está por perto.<br />Muita luz é como jogar escuro quem está olhando e muita falação é como se não tivesse falado nada. Cegueira e surdez.<br />A menor distância entre dois pontos não é uma reta.<br />Ontem a folha de São Paulo publicou na primeira página uma foto do lula sorrindo no ombro do sérgio cabral, embaixo a manchete dos mortos do dengue, parecia dizer "eles estão rindo dos mortos", é claro que o editor que juntou aquilo por conta da sua opinião, do seu ódio pelo lula, ou coisa assim. A mentira também é o jeito de se dizer uma verdade que vai pela alma. Tá lá no Machado de Assis...<br />Passei a pensar em mim, que falo muito e às vezes sou pego de calças curtas pela minha fraqueza, o ser humano é tão complexo, tão rico, tão pobre.<br />Minha cara está nas ruas, umas fotos minhas nos pontos de ônibus daqui da Zona Sul, eu apontando umas letras e dizendo que é preciso tomar cuidado com a dengue: "dengue mata", dá raiva de pensar no cachê que ganhei pra fazer o comercial, nas crianças que morreram, na hipocrisia da imprensa que não deu destaque a uma coisa que já se sabia o ano passado, na omissão da gente do governo e dos médicos que sabiam que a coisa era grave, nos políticos que vão usar isso para faturar a próxima eleição, da Johnson e Johnson que triplicou as vendas de repelente e no salmo 91: mil cairão a teu lado e nada chegará a tua tenda.<br />Estou sobrevivente da dengue e é um horror...<br />Rio, salmo carandiru, Pascoal.SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-56006059503634378682008-04-02T07:54:00.000-07:002009-04-19T16:06:12.761-07:00DENGUE, CRACK E OUTRAS DROGASÉ uma bosta mesmo!<br />Tô meio mole hoje, será que um mosquito me picou?<br />Tipo barato de crack, saio de um desejo e vou pra outro querendo gozar o tempo todo, me consumindo e gastando tudo que eu tenho com os traficantes do prazer.<br />Sol, céu azul, ar de maresia, luz, muita luz...<br />E Deus e Satanás.<br />Pra alguns nada disso: solitárias, gororobas disputada com as baratas.<br />Há alguns anos o PCC parou São Paulo que não podia parar.<br />Todo mundo correu pra casa e ligou a TV - mas a revolução não será televisionada.<br />As notícias do jornal continuam falando daquele jeito "quem comeu quem",<br />Não tenho mais idade pra palavrório jogado fora, conversa de malandro desesperançado.<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-30375415886812025602008-03-31T22:52:00.000-07:002009-04-19T16:06:33.995-07:00LEI DO PICADEIROGabriel tem nos acompanhado sempre.<br />É daqueles diretores presentes, está lá,<br />na platéia e na coxia,<br />tendo comentários e direções a dar permanentemente,<br />após cada espetáculo, sem folga,<br />trabalhando o tempo todo.<br /><br />Na noite de quinta feira (27/03), dia do teatro, no teatro poeira,<br />antevéspera da nossa apresentação no festival,<br />ele estava na nossa frente com um papel<br />e anotações sobre o espetáculo do dia anterior.<br /><br />Sábado, no Festival de Curitiba,<br />Gabriel não estava na coxia,<br />foi para minas gerais chorar a ausência de seu pai,<br />falecido naquela noite.<br />Não esteve em nenhuma das três lotadas<br />e inesquecíveis apresentações que fizemos no Guairinha.<br />que eu saiba,<br />ouviu pelo celular, lá de minas,<br />os aplausos curitibanos da última apresentação do domingo.<br /><br />Noite de sábado, noite da estréia,<br />minutos antes de começar,<br />Cacá, que junto com o Guga é assistente de direção,<br />reuniu todos no palco<br />para passar a direção deixada pelo diretor.<br /><br />Garganta amarrada e olhos marejados,<br />começou, vacilou, quase não conseguiu continuar,<br />mas respirou fundo<br />e mandou a deixa do Gabriel:<br /><br />"- Emoção é só a do espetáculo!<br />Nem a minha, a tua, nem a de nenhum de nós,<br />mas aquela que pertence ao espetáculo<br />e que é a de todo mundo, nos bastidores, no palco e na platéia.<br />Que a gente não passe ao espectador uma desmesura de emoção incompreensível,<br />que ele não vê e nem sabe do que se trata.<br />Tudo é a peça, só a peça."<br /><br />Cacá estava atuando conforme a direção que nos passava.<br /><br />Engolimos nossa vontade de berrar os urros desnorteados<br />que nascem nestas horas e entendemos,<br />sob as lágrimas silenciosas de cada um,<br />a lei do picadeiro.<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-35831775028764442242008-03-31T22:43:00.000-07:002009-04-19T16:06:54.670-07:00IMPRENSAComecei o sábado (29/03) nesta Curitiba ensolarada e aniversariante meio cabreiro.<br />Até que estava bem, mas fomos todos os atores até a sala de imprensa fazer uma coletiva de imprensa e me encabrerei com meus amigos que ficam me gozando, fazendo caras e bocas, enquanto eu falo, porque eu insisto em falar o quanto quero quando dou entrevista.<br />Prolixismos à parte, não encaro entrevistas com jornalista como a coisa mais normal do mundo, até porque não é fácil chegar até eles e passar alguma coisa do enorme mundo que envolve a criação de um trabalho; nem dá pra em poucos minutos sob a luz tensa de uma tv, ou com a atenção dos ouvidos do jornalista responder perguntas como "por que salmo 91?".<br />Acontece interesse de jornalista com Salmo 91 principalmente pelas celebridades envolvidas tipo Gabriel, Dráusio e Dib, muitas peças que fiz não tive nem o nome delas no roteiro...<br />Então fico prolixo querendo falar de tudo, tudo mesmo. Dá um certo trabalho, uma canseira nas nossas mandíbulas tão fatigadas, mas...<br />é isso.<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-77679642640822919672008-03-31T22:35:00.000-07:002009-04-19T16:07:17.163-07:00COMENTÁRIOFIQUEI NA MADRUGADA PROCURANDO REPERCUSSÕES DA PEÇA EM CURITIBA; NÃO ENCONTREI NADA, MAS AQUI, NO BLOG, ACABO HORA DE LER ESSE PEQUENO COMENTÁRIO.<br /><br />"Sábado, 29 de março. Acabo de sair do Guairinha, em Curitiba, com uma sensação estranha. Sou atriz, produtora teatral, um tanto quanto inconformada com a cena atual do teatro curitibano, um tanto quanto cansada de ver o que acontece por aqui. E vou a uma peça sem esperar demais nem de menos, e saio do teatro completamente desconcertada e completamente apaixonada... foi pra mim que alguém disse "não vale pegar a bola"! O trabalho de todos nesse espetáculo é sensacional! Obrigada por nos lembrar que nossa arte ainda faz sentido e que nossa humanidade ainda não se perdeu..." Thais<br /><br /><br /><a title="Excluir comentário" href="http://www.blogger.com/delete-comment.g?blogID=4385193174160415987&postID=647833398671793586"></a>SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-16412115590566268132008-03-27T08:09:00.000-07:002009-04-19T16:07:37.357-07:00A NOITE“Nunca me esquecerei daquela noite, a noite do campo, que fez de minha vida uma noite longa e sete vezes aferrolhada.<br />Nunca me esquecerei daquela fumaça.<br />Nunca me esquecerei dos rostos daquelas crianças cujos corpos eu vi transformarem-se em rolos de fumaça sob um céu azul e mudo.<br />Nunca me esquecerei daquelas chamas que consumiram minha fé para sempre.<br />Nunca me esquecerei daquele silêncio noturno que me privou para sempre do desejo de viver.<br />Nunca me esquecerei daqueles momentos que assassinaram meu Deus, minha alma e meus sonhos, que se tornaram um deserto.<br />Nunca me esquecerei daquilo, mesmo que seja condenado a viver tanto quanto o próprio Deus.<br />Nunca.”<br />(A noite, Elie Wiesel - escritor e sobrevivente do holocausto)<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-12691607290562739632008-03-27T07:53:00.000-07:002009-04-19T16:11:35.578-07:00LUA MINGUANTEEstamos fechando um ciclo de 4 luas aqui no Rio.<br />Estreamos na Lua Nova,<br />que não foi possível ver porque o céu estava nublado,<br />depois passados pela Lua Crescente,<br />vimos brilhar a gorda Lua Cheia<br />e agora olho pro céu e vejo a lua começando a minguar.<br /><br />Esta semana faremos espetáculo terça, quarta e quinta no teatro Poeira,<br />depois sexta ensaiamos no Guairinha, em Curitiba,<br />FESTIVAL DE TEATRO,<br />fazemos sessões sábado e domingo, com duas,<br />voltamos para São Paulo na segunda feira<br />e terça embarcamos para mais três terça, quarta e quinta,<br />e aí já será Lua Nova outra vez.<br /><br />Do Poeira para o Guairinha,<br />sairemos de um teatro pequeno, íntimo, tipo 160 lugares,<br />platéia e atores um dentro do outro,<br />para um palco italiano com mais de 500 lugares.<br /><br />Aqui, no Poeira, quase não há distância entre as bocas e os ouvidos,<br />então sussurramos em bossa nova.<br />Lá no sul, lá no festival, Vicente Celestino nos espera!<br /><br />Aqui vai tudo bem, Gabriel é presença viva e constante,<br />ontem ele disse que assistiria o espetáculo com um caneta e um papel,<br />anotando tudo.<br />Hoje teremos preleção.<br />É bom porque tem essa tensão de fazer bem,<br />conjugada com um público que todo dia se surpreende com a qualidade do espetáculo,<br />passa isso pra frente, exigindo mais da gente.<br /><br />Engraçado é que, como é Rio de Janeiro, pátria brasileira das celebridades,<br />chegam na coxia, naquela tensão que antecede o espetáculo,<br />coisas assim: "estão aí o Antonio Fagundes, o Thiago Lacerda, A Thais Araujo, a Eva Tudor e mais umas cem pessoas."<br /><br />Todo dia tem gente que são nomes e tem a platéia também.<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-44601665542015808422008-03-25T20:38:00.000-07:002008-03-25T20:40:32.631-07:00CRÍTICA DA 'TRIBUNA DA IMPRENSA' NO RIO<strong><span style="color:#ffff00;">Terror e lirismo no Poeira<br /></span>"Salmo 91"<br />Lionel Fischer<br />Em uma de suas peças, Pirandello escolheu como título "Seis personagens à procura de um autor". Aqui, estamos diante de personagens reais, dez homens (interpretados por cinco atores) em busca de algo bem diverso: contar um pouco de suas amargas trajetórias e da desesperadora realidade que lhes coube viver.<br />Baseado no livro "Estação Carandiru", de Drauzio Varella, "Salmo 91" chega à cena (Teatro Poeira) com adaptação feita por Dib Carneiro Neto, direção de Gabriel Villela e elenco formado por Pascoal da Conceição (Dadá e Veio Valdo, o primeiro também cumprindo o papel de narrador), Pedro Moutinho (Charuto e Valente), Rodolfo Vaz (Bolacha e Veronique), Rodrigo Fregman (Zé da Casa Verde e Nego-Preto) e Ando Camargo (Zizi Marli e Edelso).<br />Como se trata de um livro por demais conhecido, e que já gerou um filme esplêndido, não cabe aqui resumir seu enredo. Até porque não temos propriamente um enredo, mas uma série de depoimentos daqueles que padeceram não apenas os horrores inerentes a uma penitenciária, mas que também foram vítimas do mais brutal e injustificável massacre já perpetrado contra detentos.<br />Para materializar na cena o ótimo texto de Drauzio Varella, convertido em irretocável texto teatral por Dib Carneiro Neto, o diretor Gabriel Villela optou por uma cena praticamente despojada de elementos, a não ser uns poucos, indispensáveis. E apostou tudo na capacidade do elenco de viver intensamente o horripilante contexto. E tal opção revelou-se inteiramente acertada.<br />Torna-se claro que estamos diante de cinco atores extremamente talentosos, de grande experiência e técnica impecável. Mas o fundamental é sua impressionante capacidade de entrega, a total disponibilidade para mergulhar em um universo sujeito a todas as atrocidades possíveis e imagináveis, tanto por parte dos responsáveis pelo presídio quanto dos próprios detentos.<br />Ainda assim, há pequenas brechas que permitem a materialização de momentos impregnados de poesia e lirismo, o que torna ainda mais sofrida a experiência do espectador, pois inevitavelmente ele é levado a crer que aquelas pessoas, ou ao menos uma parte delas, poderia ter tido um destino diferente, não fossem tão injustas as condições impostas por aqueles que detêm o poder.<br />Na equipe técnica, Villela assina cenografia e figurinos inteiramente em sintonia com sua proposta de direção, cabendo também destacar a expressiva iluminação de Domingos Quintiliano, a mesma expressividade presente na trilha sonora de Túnica.<br />SALMO 91 - Texto de Dib Carneiro Neto, baseado no livro "Estação Carandiru", de Drauzio Varella. Direção de Gabriel Villela. Com Pascoal da Conceição, Pedro Moutinho, Rodolfo Vaz, Rodrigo Fregnan e Ando Camargo. Teatro Poeira. Terça a quinta, 21h.</strong>SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-51410218888542690112008-03-25T12:05:00.000-07:002008-03-25T20:42:51.534-07:00PARA QUEM NÃO LEU A CRÍTICA DE BÁRBARA HELIODORA<strong>Salmo 91: Gabriel Villela encena espetáculo notável no Teatro Poeira</strong><br /><br /><strong><span style="color:#ffff00;">Imperdível incursão estética pelos descaminhos da humanidade</span></strong><br /><br /><span style="color:#3333ff;"><strong>Barbara Heliodora </strong><br /></span><strong>O médico não condena o paciente por sua doença. E é essa a atitude que o médico Drauzio Varella tem para com os internos de Carandiru, reconhecendo-os como “diferentes mas iguais”, tão capazes quanto todos nós de uma vasta variedade de sentimentos. Criminosos, há no painel que o médico registrou a mesma essência de humanidade que existe nos que lhes dão tratamento desumano, tanto quanto nos outros que, longe deles, os olham como espécie inferior e repugnante. Não é de espantar que Dib Carneiro Neto tenha sentido, desde logo, a possibilidade dramática do livro "Estação Carandiru", e surpreende que sua adaptação só tenha chegado ao palco depois do cinema e da TV. Em dez monólogos, incluindo neles informações que, no livro, não são parte da experiência de seus personagens, porém podem ser incorporadas a eles, o adaptador encontrou o caminho mais direto para deixar à mostra a tragicomédia da essência humana que se deforma, que luta para sobreviver e, apesar dos pesares, se respeitar, conseguindo ao menos para si mesmo fingir que acredita ser dono de seu destino. Impacto da verdade é atirado sobre a platéia.</strong><br /><strong>O espetáculo em cartaz no Teatro Poeira (de terça a quinta-feira) é produto de uma outra objetividade, a de Gabriel Villela, que reduz a vida na prisão ao subumano que torna indispensável a criação de um estatuto próprio, como de sonhos e lutas pelo poder. Responsável também pela cenografia e pelos figurinos, Villela tem controle total da encenação, e em tudo opta pela objetividade, pela força da verdade de cada um, criando assim o indigente mas complexo universo da prisão. Sua direção é voltada para o impacto da verdade, que é atirada sobre a platéia como instrumento de conscientização da humanidade que ainda existe por trás dos mais assustadores comportamentos.</strong><br /><strong>Pascoal da Coceição (Dada e Veio Valdo), Pedro Moutinho (Charuto e Valente), Rodrigo Fregnan (Nego-Preto e Zé da Casa Verde), Ando Camargo (Zizi Marli e Edelso) e Rodolfo Vaz (Bolacha e Veronique) formam o elenco forte e integrado nessa angustiante incursão pelos descaminhos da humanidade, com destaque para Rodrigo Fregnan e, principalmente, para Rodolfo Vaz, no cinismo de Bolacha como na fragilidade de Veronique, com seu notável número de canto - o ator ganhou o prêmio Shell de teatro por este espetáculo (leia reportagem ao lado). Sem apoios cênicos senão os absolutamente necessários, o elenco atua com um realismo consciente, cuja execução se torna de certo modo simbólica dessa amostragem colhida por Drauzio Varella.“Salmo 91”, que chega de São Paulo coberto de prêmios, é um espetáculo notável, que mostra o teatro exercendo sua mais alta função de investigação de comportamentos humanos por meio da experiência estética. É imperdível. </strong>SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-26179169303417236762008-03-24T18:47:00.000-07:002009-04-19T16:12:09.281-07:00DE ONDE VEM O BAIÃODIA SEGUINTE A ESTRÉIA DA PEÇA, NO SESC SANTANA, GABRIEL, NOSSO DIRETOR, MARCOU REUNIÃO PARA CINCO DA TARDE, REUNIU O ELENCO E ASSISTENTES DE DIREÇÃO E MANDOU BALA COM ESTAS PALAVRAS:<br /><br /><br />"CINCO PONTOS<br />Primeiro ponto:<br />o ator tem que ter ir pra cena com a consciência de que está trabalhando com uma dimensão épica do relato e não deve permitir que a máscara tome conta do seu rosto, ou seja, não colocar o personagem, a máscara, entre a sua consciência de estar em cena e a lucidez da platéia de estar assistindo.<br />Em outras palavras não ficar fazendo careta repetitiva de emoções que já não sente mais; estudar e renovar estas emoções com consciência de que é isso que o diretor quiz quando colocou ele ali e ele concordou com isso.<br /><br />O segundo ponto<br />é o ponto de contacto dessas máscaras com outros vários pontos e a relação entre si desses pontos de contato. Ou seja, todos, todo mundo precisa estar consciente de que é responsável por aquela máscara naquele instante da cena e por toda a idéia que está transitando pelo espetáculo inteiro; tendo pontos, contactando-os, unindo cada um deles, ao invés de tornar solitária a sua experiência em cena e com isso abandonar a relação com a idéia maior, perdendo o distanciamento acordado inicialmente e permitindo que a máscara grude no rosto, fora de uma vivência crítica.<br />Aquela coisa de se defender e pronto, perdendo a ligação com "por que, pra que, pra quem..."<br /><br />O terceiro ponto<br />é a dinâmica física do espetáculo.<br />O ator deve saber que o tempo inteiro de circulação, dentro ou fora, na cena ou nas coxias, ele continua com responsabilidade sobre a cena.<br />Não é porque ele vai pra coxia, pro chuveiro, pro café, mudar de roupa, conhaque ou pra qualquer lugar, enfim, ele pode se permitir desligar.<br /><em>É um coletivo</em>, o ator que está em cena tem a percepção, por não estar grudado à máscara, não estar mascarado, que ele está ligado a toda contra-regragem, bilheteria, rua, cidade, mundo, irmanado ao coletivo e não deve abandonar nem ser abandonado pelo todo.<br /><br />Quanto a contra-regragem, a relação com os objetos de cena, ATENÇÃO:<br />ator não é um contra-regra, ele exercita a contra-regragem, porque tem uma consciência gigante dos objetos; sabe como foram descobertos, construídos, acompanhou como cada um foi pra cena, tem uma consciência afetiva desses objetos, uma relação inteligentecom eles; acima de tudo vamos usar a musculatura da inteligência.<br /><br />O penúltimo ponto<br />é o conceito da qualidade do verbo, feito no presente o tempo inteiro como relato trágico,<br />Mesmo que no nosso caso específico, ele venha a fundir gêneros, (melodrama, trágico, patético, bizzaro, barra pesada) é preciso manter a consciência de tudo isso no verbo, na musculatura verbal. Uma musculatura que não se afrouxa, se vitaliza.<br />Na vida cotidiana, a musculatura verbal não é tão exigida como no teatro, e muito dessa musculatura, em repouso, fica esquecida. A boca que fala 'a fala', o que precisa ser dito, refletido, levado adiante, a boca que fala o verbo deste espetáculo, tem que ter seus músculos acionados e exigidos com saúde.<br />Coisa que o cotidiano ditado pelo estatuto burguês, não pede pra ninguém, aliás, se você entra e fala com musculatura em qualquer ambiente, você derruba esse lugar.<br /><br />O quinto ponto<br />é o ponto do futebol, que fez nosso trabalho corporal e que linka tudo.<br />Eu quero atores em continuidade, em estado contínuo de elaboração.<br />Que ajam como atores de coletivo. Tem aquele corredor, atrás do palco, (estávamos no SESC Santana) lá onde fica a mesa do lanche e do café. Tirem a mesa, façam dois gols e disputem um futebol entre vocês todo dia.<br />Daí vocês vão ver que o futebol, que nós achamos intuitivamente lá atrás, no nosso passado de ensaios, como preparação do corpo do ator, como forma de tomarmos conta do espaço, quando nem nos conhecíamos direito, quando éramos estrangeiros vindo de mundos diferentes,<br />o futebol que nos ligou, é o meio da gente inaugurar a noite de prodígios, que é a noite do espetáculo.<br />Uma noite de 'prodígios', que tem a mágica do futebol para resgatar brasileiramente essa unidade.<br />Joguem o jogo, com bola ou sem, exercitem o passe, a disputa, a reação.<br />Esse nosso teatro é futebol, é ele que unifica os cinco atores em torno de uma bola;<br />o bate bola, a competição entre os times de atores, é bacana, porque estabelece concretamente um vai e vem de trocas de adrenalina, hormônio, suores, contatos;<br />daí que quando pára esse futebol da preparação corporal diária, encerrando o esquentamento pra o espetáculo do dia, vocês vão perceber que ele não acaba:<br />você vai pra sua concentração pessoal, tua maquiagem, passar teu texto, aquecer tua voz, está na sua, mas o futebol já editou vocês, atores, todo mundo, ele já rompeu a relação de todos com o cotidiano de vida burguesa, bundona, enfim, já espatifou esse corpo domesticado pela relação automatizada com tudo que a vida tem e aí sim, nos renova trazendo outro corpo para a cena, para a relação espetacular que se apresenta: o jogo teatral oferecido por aquele dia, o dia único da peça.<br />Mais ainda, esse futebol diário traz a memória de nossos ensaios, a memória de nosso primeiros momentos, memória afetiva, de coletivo, que restabelece dia a dia o vínculo de continuidade; memória das nossas vitórias, empates e perdas.<br />Uma pelada jogada que hoje foi 5 a 2, um ganhou outro perdeu, e que amanhã pode virar, isso é muito saudável, uma forma de impedir que a inércia tome conta da rotina do ator.<br />Acho que é isso."<br /><br />Pascoal da ConceiçãoSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-32823515110689585412008-03-22T15:53:00.000-07:002008-03-22T21:12:10.518-07:00EU, AUTOR PREMIADO<strong>Tanto que eu queria dizer naquele microfone da festa do 20.º Prêmio Shell de Teatro. Tanto... Mas a voz sai embargada, a luta para vencer a timidez consome uma energia imensa, e ficou tanta coisa por falar... Agora, 'pós-premium', fico aqui matutanto, matutando, e o que talvez eu também devesse ter falado é sobre o "porquê". Isso mesmo: por que</strong> <em>Estação Carandiru</em><strong>? Ouvimos essa pergunta de gente impertinente quando a montagem estava sendo gestada. E até chegou a nos abalar um pouco: como assim?, será que não está tão óbvio o porquê? Mas a pergunta é de certa forma pertinente. Naquele ano de 1999, quando li-devorei o livro 'bíblia do humanismo' do doutor Drauzio Varella, eu sentei pra fazer uma peça como um exercício meu: exercício de minha paixão pelo teatro. Sim. Mas havia outro exercício. Maior. Bem maior. E agora eu sei. O exercício de querer ser mais humano. Ser gente como o Drauzio, como o doutorzão bam-bam-bam, da lavra dos humanistas. Foi um exercício, sim, mas de outro tipo: um exercício de compaixão pelo ser humano enclausurado, encarcerado, de comportamento alterado, violento, gerador de violência. Eu queria aprender a ser tolerante, como o livro do dr. Drauzio ensina a cada página. Como o Drauzio expele por todos os seus poros: basta conviver um pouquinho com ele e se constata isso. E quando eu vejo, hoje, prêmio conquistado, platéias enlouquecidas, depois de tanto tempo do massacre do Carandiru, o quanto essa peça está tendo, ainda hoje, grande ressonância nas pessoas, aí eu fico com um baita orgulho de ter sentido naquele momento da adaptação do livro essa vontade de humanismo, a sede de compaixão que me causou a leitura do livro do Drauzio. Porque todas, todas as platéias do nosso</strong> <em>Salmo 91</em><strong>, em todas as cidades por onde já passamos, todas sentem essa mesma sede. São pessoas que querem vencer o quadro de violência deste País sem usar a mesma violência. São pessoas exercitando a tolerância e a compaixão na platéia do teatro. A força do teatro. As palavras! O que mais pode querer um autor? Eu vejo luz no fim do túnel deste país das injustiças, das intolerâncias e dos massacres, quando a platéia do</strong> <em>Salmo 91</em><strong>, seja em que cidade for, se levanta completamente tomada e aplaude os cinco magníficos atores, como que dizendo a eles que o recado foi dado, sim, que todos entenderam a força da palavra, o extrato concentrado de humanismo que nasceu no Drauzio, que eu tentei aprender (e apreender) com minha adaptação e que, depois, como eu disse no microfone do Shell e agora repito, o "gênio" diretor Gabriel Villela, esse anjo Gabriel mineiro barroco, soube como ninguém potencializar em cena. Está aí o meu porquê. Escolhi esse livro e fiz essa adaptação porque eu quero para o mundo o humanismo de Drauzio Varella elevado à máxima potência - e adaptar</strong> <em>Estação Carandiru</em> <strong>foi minha necessidade de expressar isso, de aprender isso. Como eu disse, foi meu exercício de compaixão pelo ser humano. Será que eu aprendi? Me dá um nó na garganta cada vez que penso nisso. Porque agora me deram até prêmio, mas eu sei que ainda falta muito pra eu entender o mundo e me despir de preconceitos e de medos. O que só demonstra o quanto eu, como autor e, sobretudo como ser humano, continuo com sede, muita sede. E eu não me sinto nem quero me sentir pronto. Eu quero é mais!</strong><br /><strong>DIB CARNEIRO NETO</strong>SALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4385193174160415987.post-49734992217448396752008-03-17T17:33:00.000-07:002009-04-19T16:17:17.955-07:00PREMIO SHELLNOITE DO PRÊMIO SHELL EM SÃO PAULO.<br />SALMO CONCORRE COMO AUTOR, DIRETOR E ATOR.<br />NÃO SEI AINDA NO QUE VAI DAR ESSA PREMIAÇÃO.<br />MUITOS SERÃO OS PRÊMIOS DESTA NOITE DO SHELL,<br />MUITOS ARTISTAS TERÂO MUITO A CELEBRAR E AGRADECER.<br />EU, DA MINHA PARTE,<br />GOSTARIA DE RESSALVAR O COISAS DAQUI DO SALMO 91,<br />ONDE A MÃO DE VOCÊS DOIS,<br />GABRIEL E DIB, FOI FUNDAMENTAL:<br />GRAÇAS A VOCÊS O TEATRO BRASILEIRO GANHOU UM ARREPIO,<br />UMAS LÁGRIMAS, UMAS ANGUSTIAS, UMAS INDIGNAÇÕES,<br />QUE ULTRAPASSAM OS PARABENS SEMELHANTES A TODOS OS PARABENS.<br /><br />OUVI AO FINAL DA ESTRÉIA NO RIO A PALAVRA ORGULHO,<br />ORGULHO DE SER DO TEATRO,<br />ORGULHO DE ESTAR NA COMPANHIA DA PAIXÃO E DA COMPAIXÃO,<br />JUNTO AOS SOLIDÁRIOS COM AS VOZES MAIS SUFOCADAS,<br />QUE TROUXERAM PARA A CENA MAIS QUE O LIVRO,<br />MAIS QUE O FILME, MUITO MAIS QUE A TV<br />COMO DISSE O SERGIO BRITO,<br />ESTOU NA COMPANHIA DAQUELES QUE FAZEM HISTÓRIA PELA MANEIRA COMO SE COLOCAM NA SUA PROFISSÃO.<br /><br />EU NÃO SOU O TEATRO,<br />MAS AGRADEÇO COMO ATOR O PRÊMIO DE FALAR EM PRIMEIRA PESSOA<br />DO QUE EU QUERO FALAR.<br />OS PRÊMIOS ELES EXISTEM, PREMIAM OU NÃO,<br />ESTARÃO PREMIADOS SEMPRE NAS VOZES OU SUSSUROS QUE GRITAM NAS PLATÉIAS, ORGULHOSAS DE NÃO FUGIR DA RAIA.<br /><br />O RODOLFO NOSSA VERONIQUE INDIA PARAGUAIA É SEM SOMBRA NENHUMA A SINTESE DA VOZ MAIS FRACA, MAIS SUFOCADA, MAIS DO RALO, DA PRIVADA NESTES TEMPOS DE TANTA MERDA.<br /><br />E É MERDA MESMO.<br /><br />MERDA DIB, GABRIEL E RODOLFO<br />MERDA A TODOS NÓS<br />SEM ESQUECER NINGUÉM<br />AMÉM<br />PASCOALSALMO 91http://www.blogger.com/profile/11844855300756920458noreply@blogger.com0